O vegetarianismo em pauta.
O que é o vegetarianismo?
Embora basicamente o vegetarianismo seja a ausência de qualquer tipo de carne na alimentação, existem quatro tipos mais específicos que podemos separar como:
-> Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na alimentação;
-> Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na alimentação;
-> Ovovegetarianismo: utiliza ovos na alimentação;
-> Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na alimentação.
-> Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na alimentação;
-> Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na alimentação;
-> Ovovegetarianismo: utiliza ovos na alimentação;
-> Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na alimentação.
Em geral as pessoas vegetarianas, estão dentro do primeiro grupo, ou seja, consumimos ovos, leite e laticínios nas refeições.
Já o veganismo é parecido com o vegetarianismo estrito, as pessoas adeptas dessa modalidade, além de não consumir carnes, ovos, laticínios e etc, também não utilizam nenhum produto que possa gerar a exploração e/ou sofrimento animal.
Pausa: uma experiência real 👀
Embora eu seja vegetariana (adepta do ovolactovegetarianismo), em outras áreas de consumo, como roupas, sapatos, acessórios, etc, procuro evitar produtos que tenham sido extraídos de qualquer tipo de origem animal. Já ouvi algumas pessoas me questionando algo do tipo:
“Você não mata o bicho pra comer, mas acha que sua jaqueta é do que?? Couro!”. Não, não era e deixei claro, sinalizando de forma um pouco menos simpática, que eu não sou adepta do couro.
Inclusive, outro dia estava em uma loja de sapatos experimentando vários modelos, um deles me chamou muito a atenção e eu estava prestes a leva-lo, mas aí a vendedora (imagino que tentando dar a cartada final e me convencer) citou que o modelo havia ficado lindo pra mim (ah vá?! #papodevendedora hahaha) e que tinha partes feitas de couro. Nesse momento eu dei uma olhada pra ela e tive que comentar de forma bem humorada: “Ixi moça, você acabou de me dar um bom motivo pra não levar. Sou vegetariana e evito produtos que tenham origem animal, obrigada.” Se ela ficou desconcertada? Só ficou!
Mais do que isso, acho que ela ficou decepcionada, um dos diferenciais do produto, que provavelmente convencia muitas outras pessoas a comprar, foi o único motivo pelo qual me fez desistir. E olha que se ela não tivesse falado nada, eu talvez tivesse comprado, até porque os detalhes que vi eram muito parecidos com couro sintético. Mas agora fiquei mais esperta, fico de olho na etiqueta! Teoricamente os fabricantes são obrigados a informar do que é composto determinado produto, igual um alimento que compramos e vem os ingredientes na embalagem.
Fim da pausa 😋
Voltando a nossa pauta, tem muitos motivos para tornar-se vegetariano(a)! A principal razão está ligada a ética (em geral relacionada a causas animais). Encontrei alguns dados bem legais junto a SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) que trata-se de uma organização sem fins lucrativos que promove a alimentação vegetariana, olha só:
“São abatidos mais de 10 mil animais terrestres por minuto no Brasil para produzir carnes, leite e ovos. A maioria destes animais são frangos, porcos e bois – animais que têm uma complexa capacidade cognitiva e sentem dor, sofrimento e alegria da mesma forma que os cães que temos em casa. Os animais são sencientes (capazes de sofrer e sentir prazer e felicidade), por isso a escolha vegetariana é uma escolha de não compactuar com a exploração, confinamento e abate destes animais.”
E não pára por aí, o vegetarianismo também impacta na saúde, e esse é um cenário absurdamente gigante, onde temos inúmeros estudos científicos e artigos de instituições idôneas que hora corroboram que o consumo da carne está associado ao aumento de determinadas doenças e em outros momentos o contrário. Particularmente, eu já vi pessoas muito próximas relatando que o médico pediu para diminuir o consumo de carne, por conta de alterações na saúde. No que diz respeito a minha experiência, posso confirmar que depois que parei de ingerir carne, em especial a bovina, minhas unhas, pele e cabelos ficaram mais fortes e bonitos. Quanto a saúde, sem ter hábitos alimentares minimamente equilibrados, depois de um ano, um início de anemia resolveu me visitar (te conto em outro post como lidei com isso!). Quanto a parte “estética” do corpo, não houve alterações, aliás, várias pessoas que me conhecem e me vêem mais magra, correlacionam ao vegetarianismo, mas não, não teve nadinha a ver - mas conto isso em outra publicação também! rs
Por fim, mas não menos importante, tem a questão do meio ambiente.
Recentemente uma matéria publicada pela Exame, divulgou sobre um estudo realizado pela Oxford Martin School para o Fórum Econômico Mundial, também conhecido como Fórum de Davos. Segundo a afirmação “deixar de comer carne poderia salvar milhões de vidas e reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono”.
O estudo alertou para o impacto do consumo de carne no meio-ambiente, citando que “apenas a produção de carne bovina representou, em 2010, 25% das emissões de CO2 relacionadas com a alimentação.”
Quando eu conto que sou vegetariana, geralmente em uma conversa informal, é comum alguém me dizer “nossa que legal, eu queria ser, mas não aguento ficar sem carne” e sempre é motivo de curiosidade, do tipo “o que você come então”.. rs.. amigos, para vocês indecisos ou que juram de pé junto que não conseguem ficar sem consumir carne, meu convite é conhecer o movimento Segunda sem Carne.
Basicamente você tira um dia da semana para usar a criatividade e consumir alimentos que não provém de animais. Aposto que você vai descobrir novas opções tão ou mais saborosas do que a carne. Explore, ouse, tente e depois me conta como foi essa experiência! Não é tão difícil, ou chato, quanto parece, confie em mim, não é só papo de vegetariana tah? 😜
Ah e só pra lembrar, não, a gente não come só salada.
E não, nem peixe! (Acho que tem gente que pensa que peixe nasce das algas! 😂😂)
Até mais, beijo! 😘
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Fontes: